Ganhar ou perder

25.4.10

Essa coisa boba que nos faz sonhar. Esse frio na barriga, suor escorrendo pela testa. Essa falta de atenção, essa insegurança. Indecisão. Olhares perdidos, sono perdido. Quando?

Montanha e deserto.

24.4.10



Se imagine.

Então imagine a grotesca imensidão do universo. Ou menos, da Terra. Diga se não se sente nem um pouco pequeno. Tão pequeno como um grão de areia, que ao menor vento é levado para o outro lado do mundo. Tão pequeno que no máximo 500 pessoas sabem seu nome, em conta de que existem um pouco menos de seis bilhões e meio de pessoas em todo o globo.

Agora, imagine, que além da Terra existem centenas de milhares de outros planetas e estrelas e galáxias inteiras, contendo mais planetas e estrelas. Então pense em um grão de areia. O quão pequeno ele lhe parece?

E se um vento pode levá-lo, isso é ruim? Se ele pode ser leve e livre, ser um grão não pode ser tão ruim. Ele muda, ele sai, ele foge, ele faz o que quer. Uma pedra pode ser maior, mas ela é sempre e nunca. Sempre o mesmo e nunca o diferente. Uma montanha será sempre uma montanha. Mas um grão pode ser uma praia, um deserto.

Prazer, grão de areia.

to harry, with love.

19.4.10

Uma tributo aleatório a saga Harry Potter. Pelos livros, pelos filmes, e principalmente, por inspirar tantas pessoas dos lugares mais diversos de todo o globo. E por continuar me inspirando, mesmo depois de tanto tempo.

Sempre em frente, soldado.


A escalada é grande. E a ladeira é muito íngreme.
O céu parece estar sempre longe. O vento corta sua pele.
O sol dilacera seus olhos. Mas você não tem como voltar atrás.
Você nunca tem. Essa água não passará de novo nesse rio.

Então você força mais um passo.
Avante, soldado.



protesto!

18.4.10
"A prefeitura do Rio de Janeiro começou a instalação, nas Linhas Vermelha e Amarela - as principais vias expressas da capital fluminense -, das polêmicas barreiras acústicas que separam as favelas das pistas de alta velocidade. As placas de três metros de altura vão isolar as favelas"


- 12/03/2010 - 08h42 - Uol Notícias




Pelo que o nosso prefeito diz, o Excelentíssimo Eduardo Paes, as tais "barreiras acústicas" são pura e simplesmente para proteger, além dos ouvidos dos moradores da comunidade, para também proteger eventuais atropelamentos. O que não é verdade. Ou melhor ainda, é o que os nossos políticos fazem: encobrir a verdade com algo estúpido. E essa explicação é ridícula. O que se quer é tornar invisível a parte pobre (e feia, feia sim.) do Rio. Só que ela está ali não por conta própria, não é culpa dos moradores da favela o estado do local onde moram. A culpa é inteiramente da prefeitura, primeiro pois, dado que as pessoas estão habitando aquela região eles deveriam investir no local para tornar a vida dessas pessoas miseráveis ao menos sobrevivível. E segundo porque antes que se ocupassem de um local inapropriado, o governo teria por obrigação que oferecer um emprego decente ao menos para que a pessoas pudesse arranjar o emprego que fosse para poder morar em um lugar decente.




Se não quisessem que a paísagem ficasse "feia", que não deixassem chegar a esse estado. E antes de tomar essa medida drástica, de cercamento, projetassem alguma outra medida, menos absurda e drástica. Me diga se não é um cercamento? Voltamos a alemanha dos anos 40? Posso estar sendo muito extremista, mas é o que parece. Arranque as pessoas de suas casas, mas lhe dê novas. Tome seus empregos, mas lhe arranje outros. Bote policias, arranje pessoas da própria comunidade para proteger o limite da rua, tanto faz! Mas não tome conta da vida alheia, concluindo o que é melhor para a comunidade, sem perguntar para a própria. E por favor, não cerque, não pense em um só lado da moeda como sempre.




Põe o tanto que és no mínimo que fazes.

11.4.10




Mas fazes!


Não apenas faça; faça melhor. Dê tudo de si, sem medo. Esqueça de tudo, faça e não pense duas vezes. Pois a consiência é inimiga das ações. Não imagine, não matute, não espere. Principalmente não espere. Enquanto você espera, não se engane, nada parou: o tempo continua passando, as pessoas acordando de manhã e os gatos miando




Não espere; O inexplorado nos amedronta, mas não pode ser o que nos impede. Ele deveria nos encorajar e não nos fazer desistir! Deveríamos tentar e tentar, não pensar e pensar. Fraqueza. E por favor, tente não desperdiçar horas de sono pensando em coisas que não se realizarão. Não se engane. Elas não adiantarão nada.


/ Eu juro que tento.

sometimes we lose

10.4.10
As vezes.

E a perca é amarga, enlouquecedora. Aquele sabor de sal na boca. Não existe discussão, aceite-a, viva com isso, aprenda. Elas não servem para outra coisa a não ser isso: aprenda com o erro, ou aprenda. Pois afinal, passará. A alegria, a tristeza, a dor, a sorte, a vida. Não importa o tamanho e intensidade, passará. E com a perca, vem a negação. Com a negação, a raiva. Com a raiva, angústia, depois a desilusão, e a aceitação. Passou.

Mas as vezes, só as vezes, o tempo necessário é maior que o suportável.

Esse mundo, esse roubo.

2.4.10


As pessoas tem seus momentos de imaginação. Absurdos, tridimensionais ou não, inalcansáveis ou a um palmo de distância, insanos. Todos tem um. Por mais bobo ou impossível. Ele existe, ele está lá, fazendo-as lutarem ou reclamar da vida real o quanto possível. Existe uma hora do dia, da semana ou do mês, que param e pensam e sonham e flutuam. Flutuam. Por mundo imaginados, realidades extraordinárias ou por uma simples mudança. Com a idade, o homem vai perdendo a vontade ou a capacidade de se infiltrar no mundo dos sonhos. Nem que seja imaginando, acordado. Os olhos conseguem enxergar bem demais a realidade, e somos obrigados a abandonar nossa imaginação de lado, nos resiginando com o que nos é dado. Caridosamente dado.

Afortunados os que mantêm a capacidade de imaginar até o fim da vida.

To John, with love.



Um tributo aleatório a John Lennon. Por sua genialidade, força de vontade e voz. Mas principalmente, pelas fotos que nos deixou de presente.