Desilusão, por que me tomas?

25.6.11
Já fui mais feliz.



Ou aparentei sê-lo, pelo menos aqui. Tudo em mim ultimamente parece sisudo e incompleto. Essa leitura se revela um longo suspiro, companhado de um pesado cair de ombros. Aos meus próprios olhos e dura crítica, esse desabafo rotineiro virou uma longa lista de infelicidades e quereres e isatisfações, que para desgosto, não tem previsão de desaparecer.



Ler isso aqui é cada vez mais cansativo. Perdi a mão (se é que um dia a tive) e essa falta eterna de bons sentimentos se tornou mais uma vez entediante. A falta e a presença de certas coisas e um mundo de outros motivos me deixaram assim, desinteressante e esquecível. Sou um fiasco completo e tudo que sou está transcrito nessas linhas vazias.


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Desengano?

17.6.11
Aos desatentos, um aviso, o poeta é um fingidor.

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Impassível


Cego à catarse. Vazio, oco. Blindado à qualquer tipo de comoção. Um balão, uma casa velha reformada buscando algo talvez abstrato, algo não palpável para suprir essa necessidade de plenitude que falta, para desespero, completamente.
O "permanecer só" custa de aceitar como via única. Me alieno, finjo contentamento. Sou personagem, objeto de ficção. A capacidade de convencimento se aperfeiçoou com a prática e há uma capa de plástico sobre meus quereres inalcansáveis. Meus olhos de vidro são secos de lágrimas. Não por não tê-las. Por gastá-las.

"Não pode ser pior para você do que é para mim". Talvez.


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Alcalino

9.6.11

Estou exausto
Fiquei exausto
Sou exausto
Força de guerra, não possuo
Ou perdi, não recordo.
O gosto pela vida está em minha boca
Mas o sal é fraco
E o pouso simples.


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