Sobre o que nunca aconteceu

6.1.12


E no fim,
Desejado fim, triste fim,
a dúvida, agora eterna, se cria, enraiza.
O tingido desbota, o som se esvai.
Teu último olhar, consentido, pesaroso, educado,
encontrou o meu, igualmente disfarçado.
Fraco. Esperando arrependimento.
Por ser tolo, e inquietamente lúcido. Por querer a raiva,
crua e sólida.


O fim não existe. Nada existiu.

(Mas será que você continua
a me ler?)
"

1 barulhos :

{ Dan Arsky Lombardi } at: 6.1.12 disse...

Quando o fim chega, não há mais leituras, nem de olhos, nem de lábios, nem de nada.
Se ainda existe, o fim pode estar próximo, quase beijando o rosto, mas ainda não chegou.

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