O descuidado.

30.3.12
É dor.
Do não ter, do querer, do precisar.
O sangue que corre, o tempo que voa,
anestesiado. Até entrar em contato com a pele,
aquela pele, tão sua conhecida.
Um pulso. Fracionado em centenas, basta.
Subverte inércia em eletrecidade, faz tremer.
Cria caos, confunde de simples que é,
devasta.
E do desprevinido, que sempre 0 foi, toma em cheio
as distrações e esbofeteia-lhe a face, pois tão simples,
tão rápido, tão incauto,
tão alheio, que engana. Nunca seu.
Ele desliza lépido pela grama, tão distante,
impossível de alcançar,
e angustiante de almejar. É dor.
"

3 barulhos :

{ Dan Arsky Lombardi } at: 11.4.12 disse...

Centelha não é fogo, mas queima também. ;)

{ Dan Arsky Lombardi } at: 19.4.12 disse...

Estive relendo esse texto e pensei: Cuidado, "o poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente." =D

{ Andressa } at: 21.4.12 disse...

O poeta finge as vezes. Porém, existem os dias que a única coisa que consegue é sentar com seu café e deixar letras escorrerem de sí. A dor que deveras sente ou a dor que deveria sentir. Quem sabe?

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