É dor.
Do não ter, do querer, do precisar.
O sangue que corre, o tempo que voa,
anestesiado. Até entrar em contato com a pele,
aquela pele, tão sua conhecida.
Um pulso. Fracionado em centenas, basta.
Subverte inércia em eletrecidade, faz tremer.
Cria caos, confunde de simples que é,
devasta.
E do desprevinido, que sempre 0 foi, toma em cheio
as distrações e esbofeteia-lhe a face, pois tão simples,
tão rápido, tão incauto,
tão alheio, que engana. Nunca seu.
Ele desliza lépido pela grama, tão distante,
impossível de alcançar,
e angustiante de almejar. É dor.
"
3 barulhos :
Centelha não é fogo, mas queima também. ;)
Estive relendo esse texto e pensei: Cuidado, "o poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente." =D
O poeta finge as vezes. Porém, existem os dias que a única coisa que consegue é sentar com seu café e deixar letras escorrerem de sí. A dor que deveras sente ou a dor que deveria sentir. Quem sabe?
Postar um comentário
Autores de blogs não precisam de muito pra serem felizes.