Nós somos muita metáfora
Para o meu querer
pulsante, engarrafado.
Não dói,
Apenas confunde ideias.
Transforma necessidade em
urgência.
Maltrata minha sede
de dilúvio.
Os sons do abismo, que ecoam sem rumo até os ouvidos de um passante, despercebido, improvável.
Todos os textos são uma criação original de Andressa Melo | © 2009 Barulhos Acidentais | Abstract Islands
7 barulhos :
Viramos metonímias
retas e difusas
procurando explicações nas
nossas sobras
Pensamentos me deglutem
Ruminam matéria morta
na procura da essência
já entregue ao grafite
(Somos poesia viva)
Me faço inerte. Tua culpa.
Nossas hipérboles não-realizadas
Destróem minhas letras, meus suspiros.
Traz ânsia. Cansada. Sufocada.
Inquieta o imaginário, ao mesmo tempo
que faz pousar
a cabeça cansada
no travesseiro vazio
e frio.
Fracassado, inútil, tenaz,
perdura no limbo
e na ressaca.
Insiste na procura,
e na falência.
Recomeçaremos do meio da prosa finda.
Tirando qualquer sentido das palavras e transformando-o
em toques
que percorrem curvas sentimentais,
vazios físicos.
Fazer ressurgir amor,
do paladar viciado,
a sinestesia agridoce.
Não quero palavras entrecortadas
nem desejos piedosos.
Quero olhares únicos.
(O olhar único)
Tomo-lhe pelo lápis
mas não domino sua emoção
Transcrevo desespero em letras tortas,
linhas trôpegas,
que correm na sua direção.
Tentam ressurgir o amor no
resquício vão.
urgência de sede.
Bebe-se água por nada
Me descreveram a brincadeira dos comentários como um sexo literário. Não ta tão emocionante quanto, mas ta excelente ;)
sexo literário? dessa vez as analogias foram profundíssimas!
Quanta sede! E essa confusão das letras não deixa nem que lhe ofereçam um pouco d'água.
Da metáfora evoluímos para a prosopopeia, para que os nosso objetos inanimados falem por nós. Quando isso acontece o céu fala, o céu sorri e a chuva lava tudo que houver para ser lavado.
Adorei seu blog.
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